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Posts Tagged ‘Paradigma’

Como já havia citado na descrição desse blog, minha maior inspiração para a criação deste, foi o livro Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. E gostaria de transcrever aqui uma maravilhosa história relatada na livro onde o próprio autor sofreu uma mudança drástica de paradigma. Mas antes gostaria de poder definir o que significa esse termo.

Na origem, era um termo científico, mas hoje é usada comumente para definir um modelo, teoria, percepção, pressuposto ou modelo de referência. Em um sentido mais geral, é a maneira como “vemos” o mundo – não no sentido visual, mas sim em termos de percepção, compreensão e interpretação. Poderíamos ainda usar como exemplo as lentes pelas quais vemos o mundo. Nossa maneira particular de compreender o que acontece a nossa volta.

A compreensão e análise de nossos paradigmas é fundamental se quisermos ter uma vida mais plena e produtiva. Um modo simples de entender os paradigmas é vê-los como um mapa. Todos sabem que “um mapa não é um território”. Um mapa é simplesmente a explicação de certos aspectos do território. Um paradigma é exatamente isso. Uma teoria, uma explicação, um modelo de alguma outra coisa.
Suponha que você queira ir até um local específico, no centro de Chicago.
Uma planta com as ruas da cidade seria de grande ajuda para se chegar ao destino. Mas suponha que você tenha o mapa errado. Em função de um erro de impressão, o mapa onde estava escrito “Chicago” fosse na verdade um mapa de Detroit. Você pode imaginar a frustração e a ineficiência na tentativa de atingir o objetivo desejado?
Uma pessoa pode modificar seu comportamento. Tentar com mais empenho, ser mais diligente, aumentar seu ritmo. Tais esforços, entretanto, só serviriam para levá-la mais depressa ao lugar errado.
Uma pessoa pode modificar sua atitude, pensando de forma mais positiva. Mesmo assim não chegará ao lugar certo, o que pode não fazer diferença. Se a atitude for mesmo otimista, a pessoa será feliz onde estiver.
De qualquer modo, ainda estará perdida. O problema fundamental não tem nada a ver com o comportamento ou com a atitude. Ele se resume em utilizar o mapa errado.
Se a pessoa tem o mapa certo para Chicago, aí a diligência torna-se valiosa, e, quando surgem os obstáculos frustrantes, ao longo do caminho, então a atitude faz realmente diferença. Contudo, a exigência primordial e mais importante é a exatidão do mapa.
Cada um de nós tem, dentro da cabeça, muitos e muitos mapas, que podem ser divididos em duas categorias principais: mapas do modo como as coisas são, ou da realidade, e mapas do modo como as coisas deveriam ser, ou dos valores. Interpretamos todas as nossas experiências a
partir destes mapas mentais. Raramente questionamos sua exatidão, com freqüência nem percebemos que os utilizamos.
Apenas assumimos que a maneira como vemos as coisas equivale ao modo como elas realmente são ou deveriam ser.
Assim, nossas atitudes e comportamentos derivam destes pressupostos. A maneira como vemos o mundo é a fonte de nossa forma de pensar e agir.

Segue abaixo o relato do autor Stephen Covey:

O Poder de uma Mudança no Paradigma

“Eu me recordo de uma mudança de paradigma que me aconteceu em uma manhã de domingo, no metrô de Nova York.
As pessoas estavam calmamente sentadas, lendo jornais, divagando, descansando com os olhos semi-cerrados. Era uma cena calma, tranqüila.
Subitamente um homem entrou no vagão do metrô com os filhos.
As crianças faziam algazarra e se comportavam mal, de modo que o clima mudou instantaneamente.
O homem sentou-se a meu lado e fechou os olhos, aparentemente ignorando a situação. As crianças corriam de um lado para o outro, atiravam coisas e chegavam até a puxar os jornais dos passageiros, incomodando a todos. Mesmo assim o homem a meu lado não fazia nada.
Ficou impossível evitar a irritação. Eu não conseguia acreditar que ele pudesse ser tão insensível a ponto de deixar que seus filhos incomodassem os outros daquele jeito sem tomar uma atitude. Dava para perceber facilmente que as demais pessoas estavam irritadas também. A certa altura, enquanto ainda conseguia manter a calma e o controle, virei para ele e disse:
– Senhor, seus filhos estão perturbando muitas pessoas. Será que não poderia dar um jeito neles?
O homem olhou para mim, como se estivesse tomando consciência da situação naquele exato momento, e disse calmamente:
– Sim, creio que o senhor tem razão. Acho que deveria fazer alguma coisa. Acabamos de sair do hospital, onde a mãe deles morreu há uma hora. Eu não sei o que pensar, e parece que eles também não conseguem lidar com isso.
Podem imaginar o que senti naquele momento? Meu paradigma mudou. De repente, eu vi as coisas de um modo diferente, e como eu estava vendo as coisas de outro modo, eu pensava, sentia e agia de um jeito diferente. Minha irritação desapareceu. Não precisava mais controlar minha atitude ou meu comportamento, meu coração ficou inundado com o sofrimento daquele homem. Os sentimentos de compaixão e solidariedade fluíram livremente.
Sua esposa acabou de morrer? Sinto muito. Gostaria de falar sobre isso? Posso ajudar em
alguma coisa?
Tudo mudou naquele momento.
Muita gente passa por uma experiência fundamental similar de mudança no pensamento quando enfrenta uma crise séria, encarando suas prioridades sob nova luz. Isso também acontece quando as pessoas assumem repentinamente novos papéis, como marido, esposa, pai, avô, gerente ou líder.
Poderíamos passar semanas, meses ou até mesmo anos usando a Ética da Personalidade para tentar alterar atitudes e comportamentos, sem sequer nos aproximarmos do fenômeno da mudança, que ocorre espontaneamente quando vemos as coisas por uma nova ótica”.

Resumindo, mude seus paradigmas e mude sua vida.

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